
Critérios infalíveis para escolher um bom filme deveria ser algo muito simples para quem quer se manter feliz com essa escolha igualmente simples (pelo menos na aparência e na simplicidade da proposta).
… Mas a experiência de abrir a Netflix e se deparar com milhares de opções é quase uma jornada épica — e cheia de perigos. Em poucos minutos, você já está rolando o catálogo como quem lê um cardápio de 400 páginas, enquanto o balde de pipoca esfria. É nesse momento que surgem os critérios infalíveis para escolher um bom filme e escapar do caos com estilo (ou ao menos com dignidade).
Prepare-se: os métodos a seguir vão salvar suas noites de indecisão — e ainda render a chance de esperar para quando começarmos a falar mais sério.

Comece por um bom título que não pareça nome de Wi-Fi
A primeira pista de que um filme pode ser bom é o título. Se ele soar como uma senha aleatória de roteador, cuidado. Filmes com nomes muito enigmáticos, como “Fluxo Quântico do Amanhã” ou “Sombras do Subconsciente Intergaláctico 2”, costumam esconder tramas complicadas demais para uma sexta-feira à noite. Ou para qualquer outro dia em que você esteja de folga…
Prefira títulos que soem naturais e não façam você duvidar se está prestes a assistir a um suspense ou a um documentário sobre fungos fluorescentes.
Conte quantas caras conhecidas estão no cartaz
Essa tática é quase científica. Se o pôster exibe pelo menos três rostos que você reconhece de outros filmes bons, as chances de acerto aumentam. A lógica é simples: atores consagrados raramente arriscam participar de produções totalmente desastrosas.
Mas cuidado: se todos parecem ter aceitado o papel apenas para pagar a reforma da cozinha, é melhor pular fora.
Confie no instinto do controle remoto
Se o trailer não faz seu coração bater mais rápido, confie nesse sinal. Seu cérebro sabe quando está diante de uma jornada épica… ou de duas horas de tédio.
Escolher um bom filme é como escolher sobremesa: se não dá vontade só de olhar, não vale as calorias emocionais.
Leia só os primeiros dez comentários e pare
Os comentários online são úteis — até certo ponto. Leia os primeiros dez para ter uma noção geral, depois fuja antes que alguém solte um spoiler do tamanho do Titanic.
Se nove pessoas disseram que riram, choraram ou gritaram algo como MEU DEUS para a tela, há boas chances de você também curtir.
Adote o sistema da moeda (ou do gato)
Se mesmo assim continuar indeciso, jogue uma moeda: cara, veja o filme de ação; coroa, vá de comédia romântica. Caso tenha um gato, deixe que ele escolha. O primeiro pôster que ele derrubar é o vencedor.
Pode parecer estranho, mas esse critério é infalível, porque, no fundo, o importante é se divertir.
Fuja de títulos com três pontos de exclamação!!! (ops, me desculpe)
Títulos gritando com você costumam indicar roteiros igualmente exagerados. Se o nome for “A Vingança do Ganso!!!”, por exemplo, há grandes chances de envolver um orçamento de R$ 12 e um figurante usando penas de almofada.
Salve seus neurônios e passe para o próximo.
Não veja filmes indicados pelo seu (ou pela sua) ex
Essa é uma regra de ouro emocional. Aceitar dicas de quem já arruinou uma pizza dividida com você não pode terminar bem. Além disso, é impossível curtir um filme maravilhoso sem se perguntar se você gosta dele ou dela ou só está lembrando do dia em que seu (ou sua) ex esqueceu seu aniversário.
Observe o tempo de duração
Antes de embarcar em um épico de quatro horas, pergunte: “Tenho energia vital para isso?”. Se a resposta for “não”, escolha algo mais curto. Filmes longos exigem comprometimento, e não vale dormir no meio e acordar com um panda tocando piano no apocalipse.

Evite os “baseados em fatos reais” quando quiser sorrir
Nada contra histórias reais, mas elas têm o péssimo hábito de fazer você chorar feito criança que derrubou o sorvete. Se quiser rir, fuja de enredos com acidentes, julgamentos ou guerras — e salve-os para quando estiver munido de lenços.
Escolha o filme com o pôster mais bizarro
Se o cartaz mostra um cachorro de óculos escuros pilotando um submarino, assista. Mesmo que seja ruim, vai ser tão estranho que você rirá o dobro. E rir, afinal, é o objetivo.
Troque de filme se a pipoca queimar
Se a pipoca queimou antes de você dar play, encare como um presságio: esse não é o filme certo. Refaça a pipoca e recomece a busca. A vida é curta demais para ver um filme ruim com cheiro de carvão no ar.
Escolha pelo figurino mais improvável do pôster
Se o personagem está de capa metálica no deserto ou terno medieval com óculos escuros, assista. Figurinos improváveis são sinal de roteiros imprevisíveis. Você pode não entender nada, mas vai se divertir tentando explicar a trama para os amigos.
Siga o cheiro da pipoca (mesmo que seja imaginário)
Feche os olhos, imagine o cheiro da pipoca e escolha o primeiro filme que combine com esse aroma. Não faz sentido? Ótimo. A lógica é superestimada.
Julgue pelo nome do protagonista
Se o nome do personagem principal parece alguém que você convidaria para um churrasco, veja. Se soa como quem te ligaria vendendo planos de internet às 7h da manhã, fuja.
Personagens simpáticos rendem boas histórias (ou, pelo menos, histórias que não causam arrependimento).
Teste o “se der sono, é não”
Coloque o trailer e observe. Um bocejo antes da metade é sinal de perigo. Dois bocejos indicam que será tão emocionante quanto tinta secando em câmera lenta. Confie no seu sono: ele sabe das coisas.
Procure a presença de um animal aleatório
Se há um gato detetive, um cachorro hacker ou uma cabra que grita nos momentos críticos, as chances de diversão disparam. Pode não fazer sentido, mas vai render semanas de comentários no grupo do WhatsApp.
Confie em diretores com nome de banda
Se o nome do diretor soa como “DJ Zé do Espaço” ou “Lulu e Os Galácticos”, assista. Pode ser genial ou um desastre, mas será memorável — e talvez viral no TikTok.
Conclusão provisória: o melhor filme é aquele que faz você rir da sua própria escolha
Depois de tantos critérios infalíveis para escolher um bom filme, a única regra que realmente importa é esta: se você se divertiu, valeu a pena. Não importa se os críticos odiaram, se o Rotten Tomatoes deu nota 12 ou se os atores pareciam sob efeito de cafeína demais.
Escolher um bom filme é, no fundo, escolher um bom momento — e rir da própria escolha é o maior sucesso de bilheteria que existe.

Agora (finalmente) falando sério… de forma igualmente imprecisa
Ao escolher um filme para assistir, um dos aspectos mais cruciais a considerar é o gênero. Os gêneros cinematográficos desempenham um papel fundamental na forma como uma obra é percebida e como se identifica com suas ideias.
Diferentes gêneros, como comédia, drama, ação, ficção científica e horror, têm características que atraem públicos específicos, criando experiências variadas para os espectadores. Compreender esses gêneros ajuda a alinhar as expectativas e os gostos pessoais com o que o filme tem a oferecer.
As comédias, por exemplo, são obviamente projetadas para provocar risos e entretenimento, geralmente abordando situações cotidianas de forma leve. Mas se você não rir logo de início, tem pouca chance de gostar, caso prossiga…
Por outro lado, os dramas tendem a explorar emoções profundas e questões complexas, permitindo uma conexão emocional mais intensa com o público.
Esses elementos ajudam a definir não apenas a estrutura do filme, mas também a maneira como ele impacta o espectador. Ao considerar um filme, é importante questionar qual gênero você está mais inclinado a assistir e o que você espera obter dessa experiência.
Além disso, a ficção científica frequentemente leva o público a mundos imaginários, abordando temas como tecnologia e o futuro, enquanto os filmes de horror visam provocar medo e suspense.
Cada um desses gêneros apresenta uma narrativa e uma estética únicas, sendo essencial que os espectadores estejam cientes de suas preferências e aversões.
Dessa forma, limitar a escolha a um gênero que ressoe com suas emoções ou interesses especiais pode aumentar a satisfação na seleção do filme. Portanto, entender o gênero ajuda na escolha de um bom filme, elevando a experiência cinematográfica para algo verdadeiramente prazeroso e significativo.

Avaliando críticas e recomendações
A seleção de um filme pode ser uma tarefa desafiadora, e um dos aspectos fundamentais nesse processo é a avaliação de críticas e recomendações.
Críticos de cinema desempenham um papel importante ao fornecer análises bem fundamentadas sobre a qualidade de uma obra cinematográfica.
Suas opiniões podem conter variações significativas, desde a experiência técnica do filme até a profundidade emocional das performances. Portanto, ao considerar um filme, é prudente consultar a crítica especializada, que muitas vezes reflete um consenso mais amplo sobre a obra.
…Embora muitos críticos sejam influenciados pelo vício de levar a palavra crítica ao pé da letra, e prefiram só criticar…
Mas, além das críticas, as opiniões do público também devem ser levadas em consideração. Plataformas de streaming e sites de avaliação, como IMDb e Rotten Tomatoes, reúnem as classificações de milhões de espectadores, oferecendo uma perspectiva mais ampla sobre a receptividade do filme.
A interação entre as críticas especializadas e as opiniões do público pode proporcionar uma visão mais abrangente da qualidade de um filme, permitindo que os espectadores façam escolhas mais informadas.
Entretanto, é essencial que os espectadores leiam várias críticas antes de tomar uma decisão. Cada crítico pode ter preferências e sensibilidades diferentes, o que pode influenciar suas avaliações.
Sendo assim, uma abordagem equilibrada que considera diversas opiniões ajuda a formar um entendimento mais preciso sobre o filme em questão.
Além disso, as classificações numéricas podem ser um indicativo, mas é crucial considerar também os comentários e análises que contextualizam essas notas.
Através desse processo analítico, os cinéfilos podem refinar suas escolhas e aumentar a probabilidade de uma experiência cinematográfica positiva.
Analisando o elenco e a produção
A escolha de um filme muitas vezes começa com a análise do elenco e da produção. O elenco é fundamental para a entrega da narrativa e a credibilidade dos personagens.
A presença de atores renomados pode ser um forte indicador de qualidade, uma vez que esses profissionais costumam trazer uma bagagem significativa e habilidades interpretativas que elevam o nível do filme.
Por exemplo, a atuação de estrelas reconhecidas pode estimular a empatia do público e tornar a história mais envolvente.
Igualmente importante é a figura do diretor. Diretores premiados ou com um histórico de filmes aclamados tendem a imprimir uma marca distintiva em suas produções. Eles têm a habilidade de contar histórias de maneira única e impactante, influenciando diretamente a percepção do público sobre a obra.
Ao escolher um filme, investigar os trabalhos anteriores do diretor pode oferecer uma visão clara sobre suas abordagens estilísticas e temas recorrentes, ajudando na decisão de ver ou não um filme específico.
A produção técnica, que inclui aspectos como a cinematografia, a trilha sonora e os efeitos especiais (se você aprecia esse tipo de linguagem, é lógico), também desempenha um papel crucial na experiência do espectador.
Uma cinematografia bem elaborada embeleza o filme e complementa a narrativa, criando atmosferas que envolvem o público.
A trilha sonora, por sua vez, pode intensificar emoções e aclimatar a audiência às variações de tom ao longo da história.
Por fim, os efeitos especiais, quando utilizados de maneira apropriada, podem levar a uma imersão ainda maior no universo retratado. Isso ressalta a importância de explorar os trabalhos anteriores da equipe de produção, pois um histórico de excelência nessas áreas pode indicar um alto padrão para os lançamentos mais recentes.

A importância do enredo e da originalidade
Na escolha de um bom filme, o enredo desempenha um papel fundamental. Um enredo envolvente não apenas atrai a atenção do público, mas também cria uma conexão emocional que pode transformar a experiência cinematográfica em algo memorável.
Elementos como a estrutura narrativa, desenvolvimento de personagens e a lógica interna da história são cruciais. Quando bem elaborados, esses aspectos têm o poder de cativar a audiência, mantendo-a intrigada e investida no desenrolar da trama.
A originalidade é outro fator que não pode ser negligenciado. Em um mercado saturado de produções, encontramos uma mescla de histórias que frequentemente seguem fórmulas tradicionais, oferecendo pouco em termos de novidade.
Filmes que se destacam são aqueles que incorporam perspectivas únicas, abordagens inovadoras ou elementos inesperados em seus roteiros. Tais características não apenas elevam a qualidade da obra, como ajudam a fidelizar o público, que busca experiências mais enriquecedoras e dinâmicas.
Um exemplo claro dessa diferença pode ser visto na comparação entre remakes e obras originais. Enquanto os remakes podem atrair um público consolidado, muitas vezes se tornam previsíveis, reduzindo a emoção do espectador.
Por outro lado, filmes originais geralmente trazem narrativas que desafiam convenções, gerando discussões e reflexões entre a audiência.
Essa busca por inovação é o que faz com que cada nova produção tenha o potencial de surpreender, estimulando uma apreciação mais profunda por parte dos espectadores.
Ao selecionar um filme, considerar a qualidade do enredo e a originalidade do conceito pode enriquecer sua experiência cinematográfica, proporcionando não apenas entretenimento, mas também a possibilidade de reflexão e descoberta.
Conclusão: Missão Impossível (não estamos falando do filme)
A conclusão é a de que, apesar de todo esforço e empenho dedicado, escolher um bom filme é uma missão impossível, na maior parte das vezes.
Há filmes que começam mal e terminam bem, ou vice-versa. Há bons começos que parecem excepcionais e depois se diluem. E há sempre aqueles filmes pelos quais não damos nada, de início, e depois nos cativam.
É óbvio também que há situações em que, logo de início, temos a convicção de que aquele filme não é para nós.
Não combina com a nossa vibe, os atores são medíocres e a direção não convence. Por essas e por outras tantas razões, torna-se fácil rejeitá-los logo de início.
Quanto a um bom filme, o óbvio a concluir é que só vamos ter absoluta certeza disso depois de assisti-lo por inteiro.
Uma coisa é certa: você pode se decepcionar se escolher com base no que os outros disseram ou se, por teimosia ou qualquer outra razão, desafiar o seu próprio gosto forçando-se a assistir a um filme cujo estilo não tem nada a ver com suas preferências. É um critério mais preciso guiar-se por esse princípio e, mesmo assim, não é infalível.
Há filmes magníficos, filmes ruins e filmes de sucesso, independentemente da qualidade. Ainda assim, cinema pode continuar sendo a sua maior diversão, porque o mundo todo está lá, dentro do enredo, e o filme sempre pode proporcionar uma boa experiência de vida, a ser seguida ou evitada.
Sobre o Autor
0 Comentários