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Whitney, o fenômeno e as drogas estão presentes no documentário que leva o nome da cantora e musa Whitney Houston.

Quem poderia imaginar que alguém como ela, que – além de esplendorosamente linda – foi uma das maiores cantoras de todos os tempos, dissesse algo como “Eu sou um fracasso”?

Whitney o fenômeno e as drogas

O documentário Whitney mostra o que já é mais ou menos conhecido e também previsível: a vida de uma estrela de imenso brilho não se resume a sucesso e alegria, mas também a muitas decepções e tristezas.

Por todas as razões possíveis, ousamos rebatizar, por conta própria, o título do documentário para Whitney, o fenômeno e as drogas.

Encontrada morta em uma banheira de um quarto de hotel, em Los Angeles, no estado norte-americano da Califórnia, em 2012, Whitney pode ter ficado entorpecida pelas crises e pelas drogas.

Ela estaria completando, neste ano de 2023, 60 anos de idade.

De família religiosa, Whitney começou, como toda cantora negra criada no gueto, participando de corais de música gospel.

Teve rigorosas lições com a mãe, cantora como ela, e também ativa nos corais da igreja que a família frequentava.

Whitney o fenômeno e as drogas num documentário tocante

Cissy Houston, a mãe de Whitney, dizia que, se queria ser cantora, a filha tinha que acertar em cada nota musical.

Em razão disso – mostra o documentário – ao final dos ensaios, muitas vezes elas encerravam aquilo que se assemelhava a uma maratona, exaustas e meio brigadas.

Mas logo se reconciliavam, pois Whitney era muito apegada à mãe e a toda a família. Embora uma das tristezas maiores foi a de ter sido enganada pelo pai, quando ele se aproveitou da função que ela mesma lhe dera de cuidar da carreira e das finanças.

A morte de Whitney Houston foi por afogamento. Ela teria mergulhado na banheira do hotel e acabou perdendo os sentidos.

O documentário mostra Witney como fenômeno e as drogas como destruição

O ponto em destaque no documentário é que o relato da trajetória turbulenta da cantora e estrela internacional é feito pelos irmãos, tias, amigas dela e dos irmãos, pela mãe, pelas cunhadas, pelos funcionários e parceiros profissionais e também pelo ex-marido, com quem teve uma filha.

As drogas sempre estiveram presentes na vida de Whitney Houston desde que ela era muito jovem. E um dos irmãos ouvidos no documentário admite que foi ele quem, por curiosidade da própria Whitney, apresentou a ela o mundo das drogas.

Bobby Brown, o marido, um dos ouvidos no documentário, não quis admitir que a morte dela tenha sido por causa do vício em drogas.

Pode ser que ele tenha razão e que não quis falar sobre isso talvez em decorrência de um mea culpa.

Não é uma dedução irresponsável nem uma acusação. Afinal de contas, fica difícil dissociá-lo da trilogia Whitney, o fenômeno e as drogas, que resume a vida, a carreira e a morte da cantora de maior sucesso internacional.

O documentário comprova que a separação abalou profundamente  Whitney Houston, que, segundo o depoimento das pessoas muito próximas, nutria amor sincero pelo marido, com quem foi casada por 14 anos.

Ocorre que o casamento começou a desmoronar depois que Bobby passou a nutrir uma inveja quase infantil do sucesso dela, sentindo-se em segundo lugar como cantor e como artista.

Whitney (e não poderia ser diferente), era o sucesso, era o destaque, era quem reinava e brilhava. E ele queria que fosse ele.

Whitney foi um fenômeno musical destruido prematuramente pelas drogas

Whitney Houston bateu todos os recordes em sua carreira. Segundo o resumido balanço apresentado no documentário, ela teve mais sucessos consecutivos do que Elvis Presley.

Seis vezes platina, seu álbum de estreia foi o mais bem-sucedido de todos os tempos e ela se tornou a super e fenomenal estrela com mais sucessos consecutivos no topo das paradas do que qualquer artista.

Viciada em álcool, maconha e cocaína, Whitney teve o seu pior momento quando mergulhou mais fundo nas drogas e ficou quase irreconhecível.

Não era mais aquela mulher que impressionava pela beleza e pela voz e presença de palco magnificas.

Segundo o relato de um dos entrevistados, numa excursão a trabalho ela chegou a permanecer trancada no quarto do hotel, sem sair, por quase duas semanas.

Chegou a se internar em clínicas, mais de uma vez, para se livrar das drogas, mas na última internação teve que interromper o tratamento por falta de dinheiro.

Depois de algum tempo, aparentemente recuperada, tentou retomar a carreira, mas foi duramente criticada pelos fãs e pela imprensa.

Momentos felizes incluíram um sucesso no cinema

Dos momentos felizes em sua carreira brilhante e fascinante, um dos que ela mais curtiu foi ter feito o filme O Guarda-Costas, ao lado de  Kevin Costner.

Seu papel foi de uma cantora famosa que precisava ser constantemente protegida, por estar sendo perseguida por um maníaco que, aparentemente, queria matá-la.

O filme fez grande sucesso. E se tornou famosa a cena em que ela interrompe o embarque do guarda-costas no aeroporto e corre em sua direção para um beijo apaixonado.

É difícil falar de Whitney Houston sem se emocionar. E é difícil não se emocionar nas cenas finais.

Como o documentário tem mais de duas horas de duração, dá aquele gostinho de vontade inevitável, de vê-la cantando, no palco e na integra, seus dois maiores sucessos: I Have Nothing e I Will Always Love.

Afinal, são dois de seus momentos mais esplendorosos. E as duas músicas são presenças constantes na voz de cantoras estreantes que participam dos shows de calouros internacionais.

Beleza e fenômeno musical em uma só pessoa

Whitney Houston viveu intensamente, tanto alegrias como tristezas, mas a maior tristeza ficou para todos os seus milhões de fãs pelo mundo todo, com sua morte, aos 48 anos de idade.

Não há como deixar de lamentar o desaparecimento, tão cedo, de um dos mais explosivos sucessos internacionais de toda a história da música. E, agora, do cinema.

Sobre o Autor

Gerson Menezes
Gerson Menezes

O objetivo do Autor não é o de concentrar-se na linguagem rebuscada do tecnicismo cinematográfico, mas de apresentar o que há de melhor (ou de pior) na filmografia nacional e internacional, e concentrar-se no perfil dos personagens. As análises serão sempre permeadas pela vertente do humanismo, que, segundo o Autor, é o que mais falta faz ao mundo em que violência e guerra acabam compondo o cenário tanto dos filmes como da realidade de inúmeros países, entre os quais o Brasil.

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