destaque ouro

No catálogo da Netflix, classificado como filme de sucesso logo depois da estreia, O Cheiro do Ouro e a ambição do protagonista andam juntos o tempo todo.

O protagonista, por sinal, não é simpático, não tem carisma, não é boa pinta, como muita gente exige dos papéis principais, nem é tão inteligente. Mas é ambicioso e decide roubar o patrão.

O Cheiro do Ouro e a ambição

O Cheiro do Ouro é a ambição do funcionário

O nome dele é Daniel Sauveur, um sujeito cansado de ser explorado por patrões que monopolizam o mercado. E que não demonstram nenhum respeito pelos empregados.

Estes, como sempre, são obrigados a trabalhar freneticamente, só para enriquecerem mais ainda os barões do capitalismo, cujas empresas passam de pai para filho, por gerações seguidas.

Observando como é feita a distribuição dos produtos no grupo Breuil, fábrica de perfumes chiques, que é a única da cidade francesa de Chartres, e onde a população, em peso, trabalha, Daniel Sauveur decide mudar sua situação precária.

E, a partir dessa sua ambição, começa a arquitetar o plano de desviar parte da produção de perfumes de luxo para vendê-los a preço bem abaixo do que custam no mercado.

Negócios ilícitos na mira da polícia

Policiais desconfiam da tramoia que inclui contrabando

O contrabando está nas trajetórias desse negócio ilícito que ele programou, o que faz com que, subitamente, ele receba a visita de policiais, que já começam a desconfiar do esquemão.

O Cheiro do Ouro e a ambição do personagem central dão um bom resumo de toda a trama desse filme, que é classificado pela própria Netflix como uma comédia policial.

Não é exatamente um filme que faça o espectador rir. Nem pode ser, na verdade, classificado pelo que se entende como filme policial, porque toda a trama se desenvolve a partir das peripécias do protagonista para levar a cabo seu plano.

O Cheiro do Ouro e a ambição da funcionária humilhada

Uma relação de fins oscilantes começa a surgir

Numa relação amorosa ambígua, Sauveur finalmente consegue se envolver com a funcionária de alto cargo, que se sente humilhada e traída pelo patrão.

Anime a sua festa

Ao contrário das suposições levantadas de início, e provavelmente pela imagem da França como país produtor dos melhores perfumes do mundo, O Cheiro do Ouro não é um filme baseado em fatos reais.

Pode servir como mera distração, escrita e dirigida por Jérémie Rozan.

Quanto aos eventuais atropelos na trajetória da equipe organizada para levar adiante o golpe, a definição é proferida pelo próprio protagonista, quando diz que o pior tipo de rico é o que já foi pobre.

O Cheiro do Ouro trata da ambição de um revoltado

Os três sentem O Cheiro do Ouro

Um desses novos ricos imprudentes é o personagem Scania, exatamente o parceiro mais fiel de Sauveur, que teve a brilhante ideia de comprar um nada discreto Audi, novinho em folha, logo que a grana começou a entrar no bolso dele e dos demais comparsas.

Daniel Sauveur foi mais preciso em sua definição quando algumas dificuldades começam a surgir no caminho da tramoia que ele mesmo arquitetou, de cabo a rabo:

“Desde o primeiro pagamento, todo mundo da minha equipe abriu os portões da burrice. Um dos burros (referindo-se ao fiel parceiro) comprou um Audi novinho. E foi com ele para a empresa que ele estava roubando.”

O patrão humilha a funcionária de status

O patrão humilha mas não percebe que o burro é ele

Mas, será que essa trama acaba bem?

Será que, no desfecho, o crime compensa?

Sem spoiler, certo?



O Cheiro do Ouro (Cash)

Escrito e dirigido por Jérémie Rozan

País: França

Ano de lançamento: 2023

Elenco Ouro

No elenco:

Raphaël Quenard – Daniel Sauveur

Igor Gotesman – Scania

Agathe Rousselle – Virginie

Antoine Gouy – Patrick Breuil

Nina Meurisse – Beatrice Breuil

Grégorie Colin – Brice Nougarolis

Youssef Hajdi – Ange

Stéphan Wojtowicz – Jose Kowalski

Slimane Dazi – Schumi

Sobre o Autor

Gerson Menezes
Gerson Menezes

O objetivo do Autor não é o de concentrar-se na linguagem rebuscada do tecnicismo cinematográfico, mas de apresentar o que há de melhor (ou de pior) na filmografia nacional e internacional, e concentrar-se no perfil dos personagens. As análises serão sempre permeadas pela vertente do humanismo, que, segundo o Autor, é o que mais falta faz ao mundo em que violência e guerra acabam compondo o cenário tanto dos filmes como da realidade de inúmeros países, entre os quais o Brasil.

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